Para investidores

Para quem é a plataforma?

O Motiro tem como público-alvo pessoas que querem ingressar no mercado de tecnologia, sejam elas estudantes de programação e áreas correlatas, profissionais em início de carreira, pessoas que pretendem mudar de área e são aspirantes à área de desenvolvimento de software, pessoas curiosas ou que querem simplesmente exercitar o cérebro.

Por ser uma aplicação móvel gratuita e em português, o Motiro pode ser utilizado por qualquer pessoa que disponha de um modelo simples de smartphone conectado à internet, possibilitando que pessoas distantes de grandes centros, em áreas não urbanizadas e de diferentes perfis socioeconômicos sejam abarcadas. Para pessoas que ainda não estão em fase profissional, como crianças e adolescentes, o Motiro pode ser encarado como um jogo que permite o contato diário com a tecnologia, podendo ser utilizado apenas por ser divertido e não perda total de tempo como outros jogos de passatempo.

Atuação com públicos em situação de vulnerabilidade social

O Motiro é gratuito para todas as pessoas e fomenta genuinamente a educação daquelas com poucos recursos tecnológicos e financeiros. O modelo de negócio é baseado na exibição de anúncios publicitários ao final das atividades e também no investimento de empresas que querem anunciar vagas de trabalho, angariar profissionais e construir network. Mesmo as pessoas que querem se livrar da publicidade e poderão no futuro pagar uma assinatura, farão isso a um preço acessível e com o apelo de estar contribuindo com a educação e para que o conteúdo chegue gratuitamente àquelas pessoas que não podem pagar para obtê-lo.

O Motiro faz uso de linguagem neutra de gênero, sem alterar a língua portuguesa. Dedica-se para utilizá-la corretamente ao mesmo tempo que contempla todas as pessoas. Por exemplo, em vez de “Bem-vindo(a)”, utiliza-se “Boas-vindas”, como substituição de “todos”, usa-se “todos e todas”, no lugar de “usuários”, prefere-se “pessoas usuárias”, entre outros casos em que há nítido empenho para que todas as pessoas sejam incluídas nas comunicações.

Personagens presentes na aplicação e comunicação representam diferentes etnias e raças, assim como é nossa nação. Diversa.

O conteúdo de atividades, ajudas e miniaulas são todos escritos em português, à exceção daquilo que pedem as linguagens de programação, que inevitavelmente estão na língua inglesa, mas sempre que possível são acompanhados de tradução. Tem-se como plano futuro tornar a aplicação acessível a pessoas cegas.

Questões relacionadas à interseccionalidade

O Motiro tem o sincero desejo de combater a discriminação e de incluir pessoas diversas. O mercado de tecnologia não é inclusivo para mulheres, pessoas pobres, pessoas pretas, pardas, indígenas, LGBTQIA+ e PcDs. Assim, busca-se em diferentes aspectos tornar essas pessoas protagonistas da iniciativa.

Personagens são representados por mulheres e homens de diferentes raças e etnias em nível de igualdade, com diferentes cores de peles e características físicas. O avatar de perfil é representado por uma mulher, o que dificilmente ocorre.

O aplicativo é gratuito e em português, e faz com que barreiras financeiras e de idiomas deixem de ser um problema. Faz-se uso de linguagem neutra de gênero. Não aborda aspectos de sexualidade para evitar estereótipos nas ilustrações. Futuramente, à medida que ampliarmos nosso conhecimento sobre interseccionalidade, serão incluídas nas ilustrações pessoas gordas, PcDs e outros grupos não abarcados. Estamos aprendendo dia após dia. =)

Envolvimento da comunidade

O Motiro baseia-se também em crowdsourcing, ou seja, semelhante à Wikipédia, recruta pessoas voluntárias para ajudar a criar seus conteúdos de forma colaborativa. A pessoa usuária pode acessar um formulário nas configurações da aplicação na seção “Quero contribuir e criar atividades” e informar seu e-mail para ser contatada posteriormente e iniciar uma conversa sobre como proceder e como ajudar. A seção também pode ser acessada durante a realização das atividades em “Opções”, disponível no canto superior direito da tela, onde encontram-se outras opções para contribuição, como informar que uma resposta ou atividade estão erradas, um erro de digitação, confusão com a pergunta e miniaula, ou informar qualquer outro erro.

Problema

Vivemos um apagão tecnológico onde o número de profissionais é insuficiente para suprir a demanda de empresas brasileiras com dificuldade para contratar pessoas capacitadas. Atualmente há mais de 100 mil postos abertos e, segundo a Brasscom, nesse ritmo, o Brasil pode chegar a 2025 com um déficit acumulado de 797 mil profissionais.

Há uma grande diferença entre o número de pessoas formadas em cursos de tecnologia (53 mil/ano) e a demanda por profissionais no mercado (159 mil/ano). Antes de 2020, o setor previa uma necessidade de 250 mil profissionais até 2024. Depois da pandemia da Covid-19, o problema ganhou uma escala maior. A pandemia acelerou a digitalização das empresas, aumentando a demanda por mão de obra, ao passo que os profissionais passaram a trabalhar em casa e, com a valorização do dólar, trocaram os empregos nacionais pelo trabalho em empresas estrangeiras.

O Brasil tem o desafio de formar mão de obra para não ficar ainda mais atrás na corrida da inovação e do desenvolvimento tecnológico, tendo que investir em educação, desde a básica até a formação em tecnologia.

Existem escolas de programação que oferecem pagamento facilitado e empresas que investem em programas internos de capacitação. No entanto, as pessoas encontram muitas barreiras para ingressar no mercado de tecnologia e não conseguem sequer participar do processo seletivo destas escolas e empresas.

Num país como o nosso, tem gente que pode pagar por uma boa educação e há muitas pessoas que não.

Podemos ser parte da solução

Ainda que haja escolas e empresas de olho nestes desafios, existem entraves para a participação nos processos seletivos: educação de base ineficiente; raciocínio lógico não desenvolvido; reduzido acesso a computadores e analfabetismo digital; domicílio longe de grandes centros; falta de currículo online adequado para estudo de tecnologia; escassez de tempo devido à necessidade de trabalhar e/ou cuidar da família; domínio insuficiente da língua inglesa; pouco dinheiro para investir em educação; e mercado não inclusivo para mulheres, pessoas pobres, pretas, pardas e indígenas, LGBTQIA+ e PcDs.

O Motiro é a porta de entrada para as pessoas em tecnologia levando-as de um nível iniciante avançado à intermediário inicial, sendo uma comunidade para aprendizado, prática e troca de experiências a qualquer hora, de qualquer lugar. Seja no deslocamento para o trabalho, no sofá, na fila, no banheiro (rs) …

Para quem quer evoluir seu conhecimento e preparar-se para a participação de processos seletivos de escolas e empresas, mas tem pouco tempo, quase nenhum dinheiro, e não possui um computador, o Motiro é um aplicativo móvel gratuito de repetição espaçada que possibilita aprendizado e a prática de tecnologia de forma divertida e gamificada em português, a partir de um conteúdo estruturado. Para pessoas em estágio intermediário/avançado, oportuniza a conexão com vagas de trabalho.

Somos parte da solução, somando-nos às inúmeras iniciativas existentes e não competindo, afinal.

Desenvolvimento de competências, conhecimento significativo e aplicação na prática

O Motiro é um ambiente online e gratuito de repetição espaçada para prática, estudo, realização de testes e jogos com o intuito de aprender novas linguagens de programação e metodologias para desenvolvimento de produtos digitais com acesso igualitário a todas as pessoas.

Tem experiência gamificada de aprendizado que estimula as pessoas por meio de uma trajetória dividida em níveis que geram progressão baseada em recompensas a cada etapa vencida.

As atividades, a princípio de JavaScript, linguagem de programação que permite implementar funcionalidades complexas em páginas web, são baseadas em material didático estruturado a partir do conteúdo fornecido pela MDN (Mozilla Developer Network), comunidade criadora e mantenedora da linguagem. São atividades que geram competências com aprendizado prático ao aplicar a linguagem para solucionar desafios comuns no dia a dia de pessoas desenvolvedoras.

Ao praticar, a pessoa usuária aprende a sintaxe da linguagem e estimula o raciocínio lógico, ampliando suas chances de sucesso em processos seletivos de escolas e empresas. Ainda, aprimora habilidades e conhecimentos significativamente ao recordar e reforçar conceitos já aprendidos em momentos de estudo ou de trabalho.

Além disso, a plataforma apresenta uma seção que conecta pessoas a oportunidades de trabalho baseada no ranking, tendo benefícios tanto para pessoas desenvolvedoras que buscam uma chance no mercado de trabalho, quanto para empresas que buscam por talentos.

Embasamentos teórico/científicos

Aprender a programar é um processo árduo e nebuloso para algumas pessoas e muitas desistem no início ao julgar difícil. Conceitos densos e complexos são tratados de forma leve e divertida no Motiro com aplicação prática e gamificada. É, sobretudo, um jogo que estimula o raciocínio lógico e habilidades de programação, e permite uma progressão baseada em recompensas e feedback contínuo, estando a pessoa constantemente atualizada sobre sua evolução. Conquistas, XP (pontos de experiência), subida de nível (stacks), perda/ganho de vidas (cafés), ranking, senso de comunidade e rede social, e outras mecânicas presentes no jogo, maximizam o envolvimento e a retenção do conhecimento.

As atividades iniciam-se em nível introdutório e vão à níveis avançados a partir das conquistas, mecanismo que registra o progresso permanente de experiência. Desbloquear formas de reconhecimento virtual ativa receptores no cérebro, desencadeando sensação de prazer e realização. Quem pratica com o Motiro conta com miniaulas, material didático de apoio que expõe de forma sucinta conceitos que capacitam a seguir adiante, elaborado a partir dos conteúdos da MDN.

A repetição espaçada, método de memorização baseado na Curva do Esquecimento, sugere retornar ao conteúdo estudado com intervalos de tempo definidos, reprisando a informação com regularidade no cérebro para ser lembrada e ancorada permanentemente na memória.

São aspectos que encorajam e favorecem a preparação para participação de processos seletivos.

Inovação

Deve-se olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e pensar algo diferente. O mercado aquecido e o apagão tecnológico trazem consigo inúmeras iniciativas que visam solucionar o mesmo problema.

É comum encontrar materiais gratuitos na internet que ensinam programação, escolas e edTechs surgem a cada dia e empresas empenham-se para qualificar profissionais. Todavia, pessoas encontram barreiras para ingressar no mercado e participar de processos seletivos. Estudar sozinha a partir de materiais gratuitos torna-se um sacrifício. Muitas vezes são conteúdos teóricos e pouco práticos, massantes, extensos, em inglês, pouco didáticos e não estruturados. É tanta opção que não se sabe por onde começar. Às vezes não tem tempo, dinheiro e recursos tecnológicos. Assim, julga-se incapaz de seguir adiante.

O Motiro é a porta de entrada, facilitada por estar literalmente na palma da mão, acessível a qualquer hora, de qualquer lugar. Contém um material estruturado em português, fácil de ser entendido e praticado, e por ser um jogo, torna o aprendizado divertido e leve. Simplifica conceitos complexos e os reforça de tempos em tempos. É gratuito. Por tudo isso, soma-se às demais iniciativas.

Não sabe nada sobre programação? Sabe pouco e precisa avançar? Está em processo seletivo de uma escola ou empresa? Trabalha na área e precisa retomar ou reforçar conceitos? Quer desenvolver raciocínio lógico e exercitar o cérebro? É uma pessoa curiosa ou quer passar o tempo? O Motiro pode ajudar.

O Motiro é a primeira ferramenta gratuita em português para aprendizagem e prática gamificada de programação no Brasil com material didático estruturado, matchmaking profissional (conexão com oportunidades de trabalho) e disponível para para iOS e Android.

Avaliação, monitoramento e acompanhamento dos resultados

Atualmente monitoramos timidamente dados das lojas de aplicativos, informações sobre pessoas usuárias cadastradas, downloads realizados e dados acerca do uso do aplicativo com apoio da ferramenta Analytics, além de entrevistas e testes de usabilidade realizados ao longo do desenvolvimento e validação do produto. Devido ao lançamento recente da plataforma e equipe enxuta – atualmente somos duas pessoas trabalhando com recursos próprios – temos muito para evoluir em Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) tanto para o produto, quanto para o negócio.

Índices do produto analisados atualmente são: DAU, WAU e MAU, ou seja, pessoas usuárias ativas por dia, semana e mês, respectivamente; dados demográficos e regiões; sistemas operacionais e dispositivos de acesso; tempo médio de uso e engajamento; retenção; telas e seções mais visualizadas; plano de tracking e mapeamento de eventos (locais de maior clique); taxa de adoção de cada funcionalidade; taxa de abandono e churn da aplicação; entre outros.

Exemplos de indicadores mapeados para o negócio, mas ainda não monitorados são: receita recebida durante o relacionamento (LTV); custo de aquisição de cada pessoa (CAC); NPS, CSAT, CES, EBTIDA ou LAJIDA, dentre outros. Mantemos muitas siglas e seus significados no nosso radar. Sabemos da importância de cada indicador para impulsionar o produto, bem como o negócio, e ao passo que formos atingindo maturidade e ampliando o time, faremos a implementação de cada um.